terça-feira, 16 de setembro de 2008

Quem mexeu na minha igreja?

Quem mexeu na minha igreja? Como descobrir o Propósito da Igreja em uma Cultura em Transformação. GW Editora. Rio de Janeiro. 2005.
Autor: Mike Nappa.
Título Original em Inglês: Who moved my church?

O livro começa com a história do preletor de um evento evangélico cujo papel era compartilhar um seminário sobre: “Cristianismo e Cultura: onde nós nos encaixamos?”. Depois de uma breve introdução com algumas perguntas de nivelamento, o preletor então conta seguinte alegoria.

Ato Um: A ocorrência na Cidade Municipa

Um Repórter foi enviado e incumbido por Editor para observar todas as reações concernentes à Catedral JC para uma ação tomada do Editor. Quem seria esse Repórter? Um anjo enviado do Editor, que representa Deus. Esse Repórter tinha uma lista de instruções a cumprir:
1. Entrar na atmosfera terrestre;
2. Observar as ações e reações das pessoas associadas com a Catedral JC, na Cidade Municipa, Brasil;
3. Narrar o progresso dos membros da igreja;
4. Reparar nas práticas e nos princípios em jogo durante o período de observação;
5. Permanecer na tarefa, até que o Editor o chame para apresentar seu relatório.
Essa igreja estava situada num bairro abastado, longe do centro da cidade e, conseqüentemente, longe da realidade da cidade. O Repórter chega em frente ao local e começa a observar a ação dos personagens. São quatro personagens: Altéia Pináculo, Randall Punhos, Eliara Conexão e Sem Nome.
Numa bela manhã, Altéia Pináculo, que era uma mulher muito espiritual e sempre chegava cerca de duas horas do culto para preparar a igreja, chegou à igreja e não a encontrou. Ali mesmo ficou parada, sem ação alguma. O segundo personagem, Randall Punhos, era Major reformado do exército, chegou e, ao deparar-se com o local da Catedral JC simplesmente vazio, teve a mesma reação de Altéia Pináculo. Assim, as outras pessoas da igreja foram chegando e se aglomerando na frente do terreno vazio. Sumiu a igreja. Quem mexeu com a igreja?
Randall Punhos, acostumado a liderar, toma a frente e propõe uma busca pela catedral. As equipes são divididas de forma aleatória e são formados quatro grupos de busca, cujos líderes são os personagens principais da alegoria. Assim que algum grupo encontrasse a catedral, mais que depressa, mandava um correspondente avisar aos outros da descoberta.

“Quando a igreja estiver faltando, é melhor você sair e encontrá-la.”

Ato Dois: Altéia Pináculo relembra Neemias

O primeiro grupo a encontrar a catedral foi o de Altéia Pináculo. A Catedral JC estava situada no centro da cidade e com a ajuda de algumas crianças, esse grupo a encontrou. A igreja estava sem paredes! A primeira providência a ser tomada foi isolar a igreja, construindo novas paredes.

“Será que Deus precisa ser protegido e fechado por paredes daqueles que estão no Seu mundo?”

Altéia logo começou a fazer reuniões de oração todos os dias com o seu grupo e deixou a igreja sempre arrumada e bem conservada. Tinha uma convivência saudável em comunidade, dentro da igreja somente. Ela possuía caráter exclusivista e não permitia que os membros de seu grupo se envolvessem com outras pessoas “mundanas” ao redor, conseqüentemente, não havia evangelização.

“O povo de Deus é realmente a sua família, e é lindo quando eles se tratam como tal.”

(E havia esquecido completamente do compromisso de avisar outros grupos assim que encontrasse a Catedral). Enfim Altéia Pináculo liderou o êxodo de todo o seu grupo argumentando que se permanecesse por mais tempo ali, seria contaminada com as coisas do mundo.

“O cristão que não tocar na sua cultura jamais poderá mudá-la.”
“Isolamento só produz irrelevância.”

Ato Três: A Chegada do Major (Randall Punho)

Depois de algum tempo, o grupo de Randall Punhos, militar que não desistia facilmente, conseguiu encontrar a Catedral JC. Encontrando-a tomou logo providências iniciais e construiu um grande e alto muro em volta da catedral. Sua intenção era a de transformar a catedral num quartel general. Assim, ele fez buracos no telhado e nas paredes para lançar bombardeios de folhetos evangelísticos à rua, que era muito movimentada, com um cinema que passava somente filmes pornográficos, teatro de arena e um bar nas proximidades.

“Quando for a hora de participar de uma batalha, será melhor se você souber quem é o inimigo – e quem o inimigo não é”.

As coisas estavam indo bem e Randall, Major reformado, pregava a palavra de Deus todos os dias na catedral. Mas Randall tinha aversão a instrumentos como baixo e bateria, dizia que eram de Satanás. Tirou-os da igreja e o louvor era feito somente com hinos à base de órgão e piano. Quando ficou sabendo que uma banda mundana iria tocar nas proximidades, procurou o dono do teatro de arena e começou a persegui-lo na intenção de fazer com que desistisse. Mas isso não aconteceu. Conversando com o líder da banda (guitarrista), Randall conseguiu convencê-lo a abandonar a banda e seguir a religião pregada por Randall. Mais tarde, esse mesmo líder da banda, foi preso por planejar o seqüestro de um dos médicos de uma clínica nas proximidades. Randall acusava a clínica de fazer abortos. Assim, Randall começou a ser procurado pelo estado e teve que fugir para outro estado. Entendeu que era a vontade de Deus que ele partisse para pregar o evangelho em outro lugar. E marchou para a liberdade, deixando para trás a Catedral JC vazia mais uma vez.

“Deus não enviou o Seu Filho para condenar o mundo, mas para salvá-lo.”

Ato Quatro: A Conexão restante

Passado algum tempo, Eliara Conexão encontra a catedral. Ela já havia perdido as esperanças e encerrado as suas buscas. Por isso, meses atrás, ela havia enviado o restante do seu grupo para casa. Mas nunca perdera a esperança de encontrar a Catedral de novo. E quando a achou, mais de que depressa chamou vinte e três pessoas de seu grupo, já que duas havia partido para longe. Ela havia chegado à conclusão de que Sem Nome sabia algo a respeito de quem tinha mexido na sua igreja. Tinha certeza de que o próprio Deus havia descido e transportado a Catedral JC para fora da zona de conforto de seus membros e a tinha reinstalado em um lugar em que Ele queria que ela florescesse. Seja lá o que for que tivesse atacado o lado de fora da igreja, tinha sido, de maneira misericordiosa, impedido de destruí-la interiormente.
Ela viu que a igreja estava destruída por fora. Logo começou a revitalizar a catedral JC. E com entusiasmo contagiante, ela começou a trabalhar.

“Quando Jesus está envolvido, cada obstáculo é uma oportunidade em potencial.”

Ela tirou o muro dizendo que a igreja deve ser um lugar acessível a todos. Já que a igreja estava situada no centro da cidade e havia muitos pobres nas redondezas, deveria ser uma igreja que abrigasse essas pessoas também. Logo montou uma reunião de brainstorm com sua equipe e todos davam idéias de como deveriam fazer para alcançar toda a região. Começaram três projetos com os adolescentes, usuários de drogas e mães solteiras. Eles realmente estavam fazendo diferença naquela comunidade onde Deus os havia colocado. Logo a igreja estava cheia e não parava de crescer os projetos sociais. Eliara mudou até o nome de Catedral JC para Casa JC a fim de receber incentivos do governo, visto que como igreja não poderiam receber. Fazendo isso, eles se tornavam elegíveis para conseguir se inscrever, requisitando verbas federais que não estavam disponíveis para instituições religiosas. Claro, eles teriam que remover quaisquer ligações públicas como Cristo na igreja, mas isso era um pequeno preço a pagar pelo ministério que estava sendo desenvolvido lá. Assim, as obras sociais foram aumentando. Contudo, vários problemas foram acontecendo dentro da equipe[1] e as obras foram diminuindo. As pessoas foram sumindo da igreja e Eliara e sua equipe decidiram que seria melhor fazer essa obra social em outro lugar da cidade, já que tinham feito a parte deles na região. Assim, Eliara saiu e abandonou a catedral JC. A igreja ficou vazia de novo.

“Somente tolos acreditam que podem ajudar uma pessoa a resolver os seus problemas contribuindo com eles.”
“Boas intenções podem algumas vezes ser tão prejudiciais quanto às más intenções.”

Ato Cinco: Sem Nome ajunta os pedaços

Após três anos, Sem Nome, que estava trabalhando no setor de zoneamento da cidade, encontrou a igreja por acaso e visitou a catedral. Sem Nome conseguiu autorização da Prefeitura de Municipa para a restauração da catedral que até havia sido manchete de jornal por várias vezes. Sem Nome começou a trabalhar sozinho aos sábados. Depois a sua família se agregou ao trabalho. Logo havia um grupo ajudando Sem Nome na restauração da Catedral JC. O dono do bar, Zeca, apareceu e começou a conversar com Sem Nome. Achando agradável a conversa, passou a ajudar Sem Nome todos os sábados. Logo a sua família inteira já estava trabalhando na mesma empreitada. Assim também, outras famílias começaram, aos poucos, a vir para a Catedral JC. Sem Nome estava preocupado somente em fazer nome de Jesus grande e se chamava Sem Nome devido à relevância que ele dava a si mesmo. O nome de Cristo deveria aparecer mais que o dele. O grupo aumentava cada vez mais.
Algum tempo se passou e Randall Punhos apareceu, pediu desculpas aos seus antigos inimigos que agora faziam parte da igreja e se juntou ao grupo. Ele dizia aos mesmos: “Eu pensei que vocês eram meus inimigos, mas ao invés disso, o Inimigo me fez ser seus inimigos”. Depois, Altéia Pináculo também apareceu e passou a fazer parte do mesmo grupo. Os dois passaram a serem tratados para serem curados, porque foram abandonados pelos grupos que eles lideravam. No caso da Alteia, as pessoas do grupo dela acusavam-na como mundana porque ela estava tomando remédio para o coração dela. Aliás elas achavam que Altéia estivesse “em pecados” porque ela estava tendo problema de coração. Enfim, ela teve um episódio de ataque cardíaco.
E a igreja foi reconstruída e re-inaugurada enfim. Agora havia realmente uma igreja e Jesus Cristo estava sendo pregado. E as pessoas “problemáticas” estavam sendo tratadas também pelo evangelho.
E quem fim se deu com a Eliara Conexão? Ela estava mais preocupada em fazer obras sociais e acabou se tornando política. Ela acabou formando grandes plataformas políticas, promovendo-se no ramo com base nos trabalhos sociais. Cristã? Só de nome!
No dia da re-inauguração da igreja, Zeca deu parabéns para Sem Nome dizendo que ele conseguiu a reconstrução. Ao que Sem Nome respondeu: “Nãããão... eu só ajudei a construir um prédio. Deus reconstruiu a igreja”.

“No fim das contas, tudo o que importa é Jesus.”
“A verdadeira Igreja não é de forma alguma um prédio; é a presença de Cristo dentro dos corações e das vidas das pessoas. Nossa obrigação, portanto, é de simplesmente compartilhar esta Presença como nosso mundo.”

Epílogo: O Bloco de Anotações do Repórter

Nessa festa da re-inauguração da igreja, enfim, veio o chamado. Veja o que ele havia escrito no bloco de anotações dele:
“Quando a igreja estiver faltando, é melhor você sair e encontrá-la.”
“Será que Deus precisa ser protegido e fechado por paredes daqueles que estão no Seu mundo?”
“O povo de Deus é realmente a sua família, e é lindo quando eles se tratam como tal.”
“O cristão que não tocar na sua cultura jamais poderá mudá-la.”
“Isolamento só produz irrelevância.”
“Quando for a hora de participar de uma batalha, será melhor se você souber quem é o inimigo – e quem o inimigo não é”.
“Deus não enviou o Seu Filho para condenar o mundo, mas para salvá-lo.”
“Quando Jesus está envolvido, cada obstáculo é uma oportunidade em potencial.”
“Somente tolos acreditam que podem ajudar uma pessoa a resolver os seus problemas contribuindo com eles.”
“Boas intenções podem algumas vezes ser tão prejudiciais quanto às más intenções.”
“No fim das contas, tudo o que importa é Jesus.”
“A verdadeira Igreja não é de forma alguma um prédio; é a presença de Cristo dentro dos corações e das vidas das pessoas. Nossa obrigação, portanto, é de simplesmente compartilhar esta Presença como nosso mundo.”
Depois de olhar essas anotações, ele ficou satisfeito e olhou saudoso em direção ao Céu. E então, desapareceu.

Discutindo: “Quem Mexeu na Minha Igreja”

Depois de contada a alegoria, o cenário volta para o seminário sobre Cristianismo e Cultura. O preletor deixa algumas perguntas para as pessoas responderem e sem que elas percebam, sai de fininho.
Vamos ver as perguntas do questionário do preletor:
1) Qual foi a minha reação inicial para a alegoria de “Quem mexeu na minha igreja”? Por que você se sente dessa forma?
2) Você já viu exemplos reais de pessoas como Pináculo? Punhos? Conexão? Sem Nome?
3) Qual dos quatro personagens principais mais se parece com você? Por quê? Com qual tipo de pessoa você mais gosta de se associar na igreja? Por quê?
4) Que traços positivos você encontra em cada um dos personagens? Que fraquezas ou defeitos você vê em cada um deles?
5) A história parece que deixou de fora deliberadamente distinções como raça, filiação denominacional e condição social dos principais personagens. Por que você supõe que isto ocorreu?
6) Todos os personagens nesta alegoria acreditavam que estavam verdadeiramente interagindo com a sua nova cultura de maneira que Deus queria que fizessem, contudo, cada um deles se aproximou da sua cultura com diferentes objetivos. Você já viu este tipo de coisa acontecer? Por que você supõe que isto acontece? O que pensa que deve ser feito a respeito, isto é, se alguma coisa deve ser feita?
7) Que tipo de anotações você acha que o Repórter está fazendo em seu bloco de notas a respeito da forma como você interage com a sua cultura?
8) Se você tivesse que resumir a mensagem central desta história em uma sentença, o que você diria? Por quê?
9) Qual você acha que é a maneira mais desejável para um cristão interagir com a sua cultura em contínua transformação? O que te impede de fazer isto?
10) Como os seguintes versículos se aplicam a esta história? Atos 10, Efésios 6.12-18, João 17.14-15, I João 2.15.

Conclusão:
Cada personagem neste livro é, de fato, somos nós. Quantas e quantas vezes nos pegamos sendo um dos personagens aqui descritos. Isto significa que Cristo mexeu na Sua Igreja e a plantou diretamente na cultura volátil e em constante mudança no Brasil no século XXI.
Quando Jesus andou na terra, Jesus estava totalmente imerso na cultura de Seu tempo. E ainda assim, conseguia ficar completamente à parte da pecaminosidade daquela cultura e mantinha-Se não contaminado pelo mal.
Mas como devemos ser cristãos (influenciando o mundo) vivendo nesse mundo pecaminoso sem nos contaminar com eles? A resposta é individual, mas a certeza é que a igreja é a presença de Cristo.
A intenção desse livro é ajudar-nos a refletir sobre o que significa ser cristãos em nossa cultura hoje.
[1] Eu creio que esses problemas surgiram porque desviaram da missão principal da igreja, que não é certamente obra social. A igreja existe para adorar a Deus. Ou no mínimo, podemos aceitar 5 propósitos da igreja de Rick Warren. No livro, Eliara Conexão usa alguns métodos de moralidade discutível como distribuir camisinhas ou seringas descartáveis. São usados para prevenir os males de DST (doenças sexualmente transmissíveis), mas será que isso não seria um ato de aprovação do sexo livre e fornicação e uso de droga e os estimularia mais? Puxa! Há um texto (pg 66-67) onde Eliara parece aprovar o abortamento para aliviar as “conseqüências indesejáveis” posteriores. Na história, ela dá graças a Deus, porque a moça recebeu um dinheiro extra (a devolução do imposto de renda) do governo, um montante exatamente igual do preço do abortamento que ela não tinha antes. Ela interpreta essa “bênção” como aprovação divina para a prática do abortamento!! É um pouco perigoso! Quando começa a fazer a concessão do kerigma (evangelho que é o essencial) em prol do secundário (não querer ofender os visitantes), isto é, acontece o enfraquecimento do púlpito, igreja começa a perder muito. Era isso que estava acontecendo na era da Eliara Conexão da Catedral JC, quando o pregador (orador) concordou de coração e passou todo o tempo compartilhando uma palestra motivacional padrão como o tema: “Se-você-pode-sonhar-você-pode-realizar”.

A importância do Discipulado

Josué 1.1
“Sucedeu, depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este falou a Josué, filho de Num, servidor de Moisés, ...”
3 João 4
“Não tenho alegria maior do que ouvir que meus filhos estão andando na verdade.”
Eclesiastes 4.10
“Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!”

A Bíblia, no Novo Testamento, mostra claramente que Jesus é o exemplo máximo de preparação dos seus sucessores, os discípulos. Jesus, durante três anos, treinou e discipulou doze pessoas para que o evangelho fosse propagado até os confins da Terra. Jesus estava consciente que o seu tempo ministerial terminaria um dia, e por isso treinou os discípulos: para que continuasse o trabalho que Ele iniciou. A Bíblia não mostrou esse grande exemplo de sucessão por mera historicidade. Não, Deus quis dar um exemplo vivo de como deve ser feita uma sucessão. Deu um exemplo de como deve acontecer o discipulado.
Vamos pensar na prova de 4x100m livre do atletismo. É uma prova que exige muita atençãoe treinamento por parte dos competidores. É uma prova onde cada corredor dá o máximo de si. Contudo, na regra da prova, diz que o corredor deve correr com um bastão em sua mão, durante os seus 100m. Quando for a vez do seu companheiro, o bastão precisa ser passado para a mão do companheiro com uma grande perfeição, de modo que o bastão não caia e nem os corredores precisem parar para pegar o bastão. Se o corredor deixar o bastão cair, a equipe estará praticamente desclassificada, visto que terá que voltar para pegar o bastão e perderá muito tempo com isso. A transmissão do bastão é um momento importantíssimo dessa prova. O competidor que cruzar a linha de chegada deve estar com o bastão em sua mão. Só assim a equipe será vencedora. Da mesma forma deve acontecer a sucessão. Da mesma forma deve acontecer o discipulado. O discipulado deve ser feito com atenção e cuidado.
Citamos um exemplo bíblico do novo testamento de sucessão, no entanto, a Bíblia é repleta de histórias de constantes sucessões e discipulados. Boa parte do Antigo Testamento é dedicada a histórias das sucessões, tanto familiares quanto governamentais. A Bíblia nos relata as sucessões dos patriarcas, juízes e reis de Israel. A Bíblia também nos relata vários fatos onde podemos observar o discipulado acontecendo.
A história de Israel começa a ser contada com Abraão, depois com Isaque. Continua com Jacó e ainda com seus doze filhos. José, um dos filhos de Jacó, leva todo o seu povo para viver no Egito. Porém, depois de um tempo, esse mesmo povo torna-se escravo dos egípcios e foge sob a liderança de Moisés.
Moisés foi uma grande homem. Uma referência nacional. Foi uma pessoa que testemunhou verdadeiramente dos ensinamentos que Deus deixou para o seu povo. Moisés recebeu as leis do Senhor Deus e as comunicou a todo o povo. Foi ele que, de acordo com as ordens de Deus, dirigiu todo o povo de Israel durante todos os quarenta anos que passaram no deserto.
Todo o povo estava muito apreensivo. Eles já sabiam que a terra de Canaã era uma terra fértil, de acordo com a promessa de Deus. Eles já conheciam a terra através dos dozes espias que tinham ido espiar a terra. Eles trouxeram relatórios positivos em relação à terra. Eles ficaram com medo dos povos que estavam habitando na terra, mas passaram um relatório de que a terra era muito boa. Todo o povo estava se preparando para guerrear contra os habitantes daquela terra e tomar a terra que Deus havia prometido. Um momento delicadíssimo de todo o povo de Israel. Foi aí que Moisés morreu. Ele foi um pouco mais adiante do povo para avistar a terra, subiu ao monte, olhou toda a extensão da terra e, ali mesmo morreu. Essa história está registrada no capítulo final do livro de Deuteronômio.
Embora Moisés estivesse morto, Deus não deixou o povo de Israel a “ver navios”. Deus cuida da Sua Criação. Deus cuida de todos os humanos. Deus não deixou o povo de Israel na mão. Ele cuidou para que outro líder fosse levantado o mais rápido possível. Deus levantou um sucessor de Moisés. Levantou um homem que estava junto com Moisés. Josué acompanhava Moisés em tudo o que ele fazia. Josué era um homem de confiança de Moisés.
Em Êxodo 17.8-16, conta a história da vitória de Israel sobre os amalequitas num episódio marcante. Moisés, Arão e Hur estavam intercedendo por Israel no monte. Enquanto Moisés estava com as mãos erguidas, Israel vencia. No entanto, quando Moisés se cansava e baixava o seu braço, Israel era derrotado. E quem estava na frente da batalha? Quem estava liderando o exército de Israel? Josué.
Na passagem de Êxodo 24.13, do que é chamado Josué? Auxiliar de Moisés! Em Êx 33.11, Josué ficou cuidando da Tenda do Encontro enquanto Moisés conversava com Deus.
Josué estava com Moisés desde a sua juventude, de acordo com Números 11.28. Com certeza, Moisés olhava para Josué como um jovem promissor e sabia que Israel estaria em boas mãos após sua partida desta vida. E, uma das características importantes de se ressaltar na vida de Josué é que ele era cheio do Espírito Santo. De acordo com o texto de Deuteronômio 34.9, Moisés o instruía com todo o conhecimento que tinha, mas o Espírito Santo de Deus também estava com ele, dando sabedoria de modo que todos os israelitas o obedeciam.
Já imaginou se Moisés não tivesse se preocupado com o discipulado? Já pensou se ele não tivesse se preocupado com o futuro de Israel? Com certeza, Israel teria um governo despreparado. A pessoa que assumisse não teria condições de guerrear e conquistar a Terra Prometida. Não teria condições de governar Israel. Moisés, que foi um homem que tinha uma intimidade com Deus invejável, cuidou de treinar o seu sucessor, o seu discípulo Josué.
Atualmente, existe um provérbio que diz: “O homem só é totalmente realizado quando: 1) escreve um livro; 2) planta uma árvore, e; 3) tem um filho!”. A sociedade prega que devemos deixar um bom legado. A sociede protetora do meio-ambiente prega que não devemos jogar lixo não-biodegradável em qualquer aterro, visto que os nossos filhos e netos experimentarão a conseqüência por nossos atos. Todos dão uma importância muito grande à questão do legado. Os cristãos também deveriam. Os crentes deveriam se preocupar com o seu legado também. Até porque, em várias passagens, Jesus cita que a árvore que não dá frutos é cortada e lançada ao fogo. Os frutos são pessoas. Os bons frutos são resultados de um bom discipulado. Eu diria que, para o cristão verdadeiro, o crente totalmente realizado é aquele que faz discípulos! Você é um crente totalmente realizado? Quantos discípulos você já fez?
Além dos argumentos que citamos, o discipulado é uma ordem de nosso Senhor Jesus. Mateus 28.19-20. Todo crente deve ter memorizado esse versículo! O que está escrito? “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...”. Portanto, o que você está fazendo aí parado? Vá e faça discípulos!

Mas afinal, o que é discipulado?
O discipulado nada mais é do que o treinamento de pessoas para seguir o seu mestre. No caso da igreja, temos O Exemplo Maior que devemos seguir: Jesus Cristo! Ele deve ser o nosso mentor, nosso discipulador! Nosso alvo tem que ser Jesus Cristo!
De acordo com Gary W. Kuhne em seu livro “O Discipulado Dinâmico”, o conceito de discipulado é o aconselhamento de novos convertidos. Na idéia dele, depois de um tempo sendo discipulado, o discípulo torna-se discipulador. A idéia dele está certíssima! Não podemos ser discípulos o resto de nossas vidas! Um dia, tornaremos discipuladores. Lembrando sempre que, o treinamento é para que os discípulos se tornem discípulos de Cristo, e não teu. Através do discipulado, o discipulador apresenta Cristo e coopera no crescimento da fé do discípulo.
O discipulado, enfim, é treinar seguidores. Lembrando de Josué que foi um seguidor de Moisés desde a sua juventude. Além de outros exemplos que citamos há pouco.
Discipulado não consiste em ter um tempo de estudo bíblico semanal. É muito mais que isso! Josué foi treinado desde a juventude. Jesus treinou os doze discípulos durante três anos, não somente com ensinos através de palavras, mas através da vida dele. Ele ensinava e dava o exemplo. Assim, o discipulador tem que ser o exemplo.
Qual foi a primeira coisa que Jesus fez ao começar o seu tempo de ministério “público”? Ele chamou os discípulos para estarem com Ele. O treinamento aconteceu desde o início do ministério de Cristo. Ele dedicou a sua vida no discipulado.
O discipulado pode ser tido como a influência exercida de um mestre sobre o aprendiz (mathetes, em grego). Foi essa a expressão utilizada no Novo Testamento e que em português foi traduzido como discípulo. O mestre exerce uma liderança influenciadora sobre os seus discípulos, configurando o discipulado.
Jesus é o maior discipulador de todos os tempos. Até os especialistas em administração de empresas por todo o mundo, utilizam-se do exemplo de Cristo para treinar os presidentes das empresas. Jesus Cristo é maior exemplo de liderança influenciadora que já existiu. Ele é o maior discipulador que já existiu.
Podemos dividir o discipulado que Jesus Cristo exercia em duas esferas:
1) Durante todo o discipulado de Jesus com os doze, Ele tratou o caráter dos apóstolos, também chamados discípulos. Ele treinou-os em vários aspectos do caráter. Ensinou-os a mansidão, paz, paciência, confiar na justiça divina, não buscarem a glória para si mesmos, renunciarem, etc. Foram ensinamentos teóricos, através das palavras, e prático, através da própria vida.
2) Jesus também ensinou os discípulos na esfera teológica. Todo o tempo de discipulado foi uma aula de teologia. O próprio Deus encarnado ensinou a Sua própria Teontologia (estudo do ser, existência e feitos de Deus). A cultura judaica já transmitia ensinamentos, assim como a Palavra de Deus que já havia sido escrita por Moisés e profetas. Mas nada melhor do que receber os ensinamentos do próprio Deus. Jesus revelou a sua divindade ao acalmar a tempestade, multiplicar pães e peixes, curar enfermos, ressuscitar pessoas, entre outros milagres. Ele estava mostrando, na prática, o que Deus é capaz de fazer por aqueles que O adoram e O amam.
Paulo, em 2 Timóteo 2.2 diz: “e as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros.”. Nesse texto, Paulo fala a Timóteo para transmitir os conhecimentos adquiridos através dele. Paulo discipulou a Timóteo e nesse texto fica bem claro que ele pede que Timóteo faça outros discípulos. O discipulado é algo contínuo. É como uma corrente que não tem fim. O primeiro elo é Jesus Cristo. Os que estão em seguida, somos nós. Nós estamos ligado a Cristo e ligados a outros elos que formam essa corrente. Portanto, o discipulado nunca deve parar.
Nos textos que iniciam o nosso estudo, citamos alguns versículos em que não se é mencionado o termo discípulo ou discipulado. Os discípulos são chamados de servos, filhos e amigos. Na verdade, o relacionamento entre discípulo e mestre deve ser um relacionamento familiar, de amizade e de serviço. Os discípulos são filhos espirituais. Os discípulos são amigos espirituais. Os discípulos são servos espirituais. É raro encontrarmos dentro da igreja um relacionamento que inclua tudo isso, mas teoricamente é o que deveria acontecer. Jesus mesmo cita que os seus pais e irmãos são aqueles que estão com ele sempre.
Em nossa igreja, temos que praticar o discipulado. A nossa intenção é formar uma igreja de discípulos. Formar uma igreja que mostre os frutos do discipulado na vida cotidiana. Uma igreja que Jesus Cristo se orgulha, pois pratica o evangelho. Também queremos ser uma igreja de discipuladores. Uma igreja que ensina a palavra da verdade, o evangelho, através do discipulado. Enfim, para isso, trabalhamos com o sistema de discipulado ‘um a um’, ou seja, um mentor e um discípulo. O mentor ou discipulador é o responsável espiritual do discípulo. Até que o discípulo atinja a maturidade espiritual, o papel do discipulador é de fundamental importância. É o discipulador que vai orientar o discípulo no manuseio da palavra de Deus. Deus fala diretamente com o discípulo, mas pode usar também o discipulador para dar lições importantes. E geralmente, Deus usa o discipulador!
No sistema de discipulado, geralmente, o discípulador se encontra com o discípulo pelo menos uma vez por semana para exercerem atividades de edificação juntos. São atividades como: estudar a bíblia juntos; visitar hospitais ou asilos; visitar outros membros da igreja; fazer atividades esportivas como caminhada e jogar futebol; além de muitas outras coisas. Durante o exercício das atividades junto com o discípulo, o discipulador passa ensinamentos de vida. Assim como nós já falamos do exemplo de Cristo. Jesus comia com os discípulos, dormia com eles, viajava com eles, lia as Escrituras Sagradas, orava, etc.
O discípulo torna-se discipulador quando atinge uma certa maturidade espiritual. Isto significa que, quando ele estiver pronto para enfrentar situações do cotidiano com maturidade, situações espirituais, tiver desenvolvido o fruto do Espírito Santo em sua vida, ele está pronto para discipular outros. Está pronto para ser o responsável espiritual de outras vidas. E é uma responsabilidade muito grande. É uma responsabilidade de oração pela outra vida. É uma responsabilidade de orientar o discípulo nas várias dificuldades que ele pode vir a enfrentar.
Falamos sobre o conceito de discipulado, mas você deve estar se perguntando: E o que eu tenho a ver com isso?

Então, por que devo fazer discípulos?

1) Dar continuidade nas obras de Cristo: esfera comunitária
Jesus Cristo não treinou os discípulos somente para estarem com Ele por onde quer que andasse. Ele os treinou para que continuasse a obra que começou. Os discípulos são responsáveis pela propagação do evangelho que são as boas-novas da ressurreição de Cristo. Você tem a missão de propagação do evangelho até os confins da Terra, assim como eu. No entanto, sozinhos não vamos conseguir. precisamos contagiar as pessoas para que estejam conosco por esse propósito.
O missionário Paulo, em suas viagens missionárias, percorreu praticamente toda a Ásia Menor e parte da Europa em vários anos de ministério. Ele conseguiu implantar várias igrejas e fazer o nome de Jesus conhecido por toda a região. Paulo foi o maior missionário que se há registros. Você, que não é tão diferente de Paulo, e que tem muito mais recursos que Paulo não tinha, pode também fazer uma grande obra para a expansão do Reino de Deus. Contudo, é difícil evangelizar todo o mundo sozinho. Por isso, fazendo discípulos, esses discípulos farão outros discípulos, e o evangelho vai sendo propagado de forma consistente e um dia chegará aos confins da Terra.
No livro de Atos, Jesus, quando ascende aos céus, deixa a ordem para que os discípulos permaneçam em Jerusalém até que recebam um sinal do céu. Atos 1.8 diz: “Mas recebereis o poder e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra.”. Esse mandamento de Jesus era para que eles recebessem o Espírito Santo. Depois do Pentecoste, todos então estavam prontos para a propagação do evangelho. Todos estavam prontos para dar continuidade nas obras de Cristo. Jesus subiu e deixou a incumbência e missão para os discípulos.
No final do evangelho segundo Marcos, Jesus deixa a ordem para que os discípulos fossem por todo o mundo pregando o evangelho a toda criatura. Ainda diz que vários sinais vão acompanhar os que crêem e, no nome de Jesus, vão expelir demônios, pegar em serpentes, impôr as mãos sobre os enfermos e eles serão curados. Está claro o objetivo de Jesus Cristo de deixar a ordem para que os discípulos continuassem as obras que Ele fez. O versículo também abrange todos os que crêem. Isto significa que, aqueles que crêem farão muitos milagres. Esse mandamento então, é extendido para todos nós no dia de hoje. Temos a tarefa de dar continuidade nas obras de Cristo.

2) Obediência ao mandamento: esfera pessoal.
Somos convocados ao discipulado. Assim, se queremos fazer a vontade de Deus, agradar o coração de Deus, fazer a felicidade de Jesus Cristo nos céus, temos que praticar o discipulado.
Em Mateus 28.19-20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a guardar tudo o que vos tenho ordenado. E, eis que estarei convosco até a consumação dos séculos.”. Jesus, nesses versículos, não está fazendo um convite ao discipulado. Ele está comissionando, convocando, intimando ao discipulado. Jesus não está pedindo: “Por favor, se puderem, depois que você formar nas suas cinco faculdades, se ainda restar-te tempo, depois de dar comida para o cachorrinho, se der, façam discípulos de todas as nações.”. Jesus está deixando uma ordem.
Irmãos, essa ordem que Cristo nos deixou é denominada também de Chamado Universal. Todo crente, todo cristão, todo regenerado, todo justificado, nascido de novo, enfim, todos que professam a fé cristã, devem obedecer.
Você está obedecendo ao mandamento que o Senhor Jesus deixou? Quantos discípulos você já fez em sua vida? Espero que muitos. Se não, não olhe para o lado, dizendo que essa palavra não foi para você! Saia do seu lugar e faça discípulos. Cumpra com o mandamento de nosso Senhor Jesus.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

As características de uma conversão genuína!

O exemplo de vida cristã da igreja de Tessalônica
I Ts 1.05-10

“5 porque o nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavras, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção. Vocês sabem como procedemos entre vocês, em seu favor. 6 De fato, vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor, pois, apesar de muito sofrimento, receberam a palavra com alegria que vem do Espírito Santo. 7 Assim, tornaram-se modelo para todos os crentes que estão na Macedônia e na Acaia. 8 Porque, partindo de vocês, propagou-se a mensagem do Senhor na Macedônia e na Acaia. Não somente isso, mas também por toda a parte tornou-se conhecida a fé que vocês têm em Deus. O resultado é que não temos necessidade de dizer mais nada sobre isso, 9 pois eles mesmos relatam de que maneira vocês nos receberam, e como se voltaram para Deus, deixando os ídolos a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10 e esperar dos céus seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos: Jesus, que nos livra da ira que há de vir.”

Estamos entrando no quarto estudo do livro de I Tessalonicenses. Na primeira semana, vimos uma breve introdução ao livro. Fizemos uma ligação com o texto de Atos 17, onde Lucas relatou alguns fatos que aconteceram na cidade durante a estadia de Paulo e sua equipe missionária.
A carta aos tessalonicenses é iniciada com os cumprimentos de Paulo, Silas (Silvano) e Timóteo à igreja. Depois, Paulo já começa a agradecer a Deus pela vida dos tessalonicenses. Por serem um povo que demonstra:
1) O trabalho que resulta da fé. Era uma igreja que possuía obras, e não somente fé. Eles criam em Jesus Cristo mas trabalhavam em prol dos necessitados. Era uma igreja que fazia muitas obras sociais. Era uma igreja que ajudava muito os irmãos. Será que nossa fé em nosso Senhor Jesus tem revertido em ações? Será que temos uma fé dinâmica ou estática? Será que nossa fé é praticante ou apenas conversa fiada?
2) O esforço motivado pelo amor. Era uma igreja motivada pelo amor. Eles praticavam o amor a Deus, acima de todas as coisas e o amor aos irmãos. A motivação para fazer os trabalhos sociais e para o serviço na igreja não era egoísta. A motivação principal para eles era o amor a Deus. Eles faziam de tudo pois amavam os seus irmãos também. O seu serviço dentro da igreja está com motivações corretas? Qual tem sido a sua motivação de servir a Deus? Qual tem sido a sua motivação de ajudar outras pessoas? De ajudar o seu irmão?
3) E a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. Eles tinham muita fé na volta do Senhor Jesus Cristo. Por isso, não deixavam que fatores externos influenciassem suas vidas de fé. Eles continuavam perseverantes na fé. Continuavam sempre firmes, apesar das tribulações que passavam. As tribulações vinham, mas eles estavam com as suas estruturas bem firmes no Senhor. Não se abalavam facilmente. Como tem sido a sua vida de fé? A sua fé se abala por qualquer coisinha que acontece? Por algum desentendimento com um amigo, a sua fé é abalada? Se vierem novas doutrinas hereges, a sua fé fica abalada?
No versículo 4, Paulo dá uma palavra de encorajamento à igreja. Ele diz que Deus havia escolhido a igreja de Tessalônica. Mateus 22.14 diz: “Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.”. É um privilégio muito grande ser uma escolhida de Deus. Deus chama muitas pessoas, mas poucas são escolhidas. A igreja deve ter ficado muito contente em receber essa palavra. Deve ter dado um novo ânimo para a igreja. As pessoas deviam ter ficado comentando entre elas das responsabilidades e dos direitos de serem escolhidas de Deus. Paulo também diz que os irmãos de Tessalônica são amados de Deus. Isso é muito legal. É muito bom saber que uma pessoa gosta de você. Imagine saber que uma pessoa te ama! Imagine saber que você é um escolhido de Deus e ainda amado por Ele. A igreja que, apesar de passar por tribulações, por perseguições, era muito querida de Deus. Era uma igreja amada por Deus. Era uma igreja escolhida de Deus. Tanto vemos isso que Paulo dá os motivos da escolha e do amor de Deus para com a igreja de Tessalônica.
Hoje, vamos ver algumas características de uma verdadeira conversão, demonstrada através do testemunho dado pelos irmãos crentes de Tessalônica.

Uma verdadeira conversão....

Paulo diz, no versículo 5, que o evangelho chegou aos tessalonicenses “não somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção”. Isso significa que não foram apenas as palavras de Paulo que fizeram com que aquelas pessoas se convertessem. Aliás, as palavras de Paulo, sem o poder do Espírito Santo, não seriam nada. Nossas palavras, sem o poder do Espírito Santo, não são nada. São apenas palavras jogadas ao vento. As nossas palavras saem de nossa boca e logo somem no vento. Mas as essas mesmas palavras, ditas com o poder do Espírito Santo, essas serão eficazes. É porque tem o poder do Espírito Santo. Foi o Espírito Santo que fez a obra no coração dos ouvintes da cidade de Tessalônica. Foi o Espírito Santo que tocou no coração deles para que eles se convertessem. Eles se converteram e aquilo que estava sendo pregado, Jesus Cristo, tornou-se verdade para eles. Eles saíram da iniqüidade e dos maus caminhos e passaram a ter uma nova verdade, uma nova convicção para a vida deles. É obra do Espírito Santo. Mas, pelas nossas forças, não conseguiremos transformar nossas atitudes. Pergunte a um fumante quantas vezes ele já tentou parar. Pergunte a um alcoólatra quantas vezes ele já deixou a bebida. Pergunte a um viciado em drogas.
Certa vez, eu estava numa lanchonete e um homem veio me pedir dinheiro. Tinha poucas moedas no bolso. As tirei e, enquanto colocava na mão dele, perguntei o que ele ia fazer com o dinheiro. Ele confessou que era para sustentar o seu vício. Então começou a me contar que por várias vezes já tentou parar e nunca conseguiu. Disse que já ficou na porta da igreja, mas nunca teve força de entrar. Ele estava tentando pelas suas próprias forças. Ele não pediu a ajuda do Espírito Santo. Ele queria mudar por si somente.
Um dos cinco pontos do calvinismo, um conjunto de doutrina da nossa igreja, diz que o homem é totalmente depravado. Santo Agostinho já dizia que o homem por si somente não tem forças para buscar a Deus. O homem está morto em seus delitos e pecados.
Os crentes da igreja de Tessalônica vivam como verdadeiros convertidos. Eles viviam uma conversão genuína. Uma conversão onde teve a ação do Espírito Santo. Somente esta é uma conversão genuína. Tanto que eles se tornaram conhecidos em toda a região. O motivos pelo qual se tornaram conhecidos não foi somente pela alegria em receber a Palavra do Senhor. Mas também pela fé que eles possuíam. A notícia deve ter se espalhado com muita rapidez. Os ‘jornais’ da época devem ter noticiado os milagres que estavam acontecendo naquela igreja. Tamanha era a fé dos tessalonicenses! Eles estavam vivendo o poder do Espírito Santo. Muitos milagres estavam acontecendo no meio deles. Todos ficaram sabendo logo e, quando Timóteo deu essa notícia para Paulo, ele ficou muito contente. Tanto que disse no final do versículo 8 que “não temos a necessidade de dizer mais nada sobre isso”. Os trabalhos resultantes da fé que os tessalonicenses tinham, se tornaram conhecidos em toda a região. Isso deve ser um exemplo a ser seguido pelas igrejas atuais. A nossa igreja é conhecida na comunidade como uma igreja que vive o poder do Espírito Santo? Temos experimentado o poder do Espírito Santo? Os milagres têm acontecido em nosso meio? O maior milagre impulsionado pelo Espírito Santo é a conversão de um perdido. Muitas pessoas estão tendo as suas vidas transformadas pelo poder do Espírito Santo? Estamos tendo muitos convertidos?

Uma verdadeira conversão....

O objeto de nossa crença é a Palavra de Deus. Nós cremos no evangelho de Jesus Cristo porque está escrito na Palavra de Deus. Está escrito em nossa Bíblia e por isso nós acreditamos. A nossa fé deve estar baseada na Palavra de Deus. Existem outros livros que não são a Palavra de Deus e que estão confundindo as pessoas pelo mundo. Esses livros são tidos como livros sagrados para tal religião ou seita. Os mórmons, por exemplo, utilizam a bíblia, mas a fé deles está baseada no livro de John Smith. Uma conversão verdadeira é baseada naquilo que Deus disse e não no que outras pessoas dizem. As palavras do homem, logo passam. Mas a Palavra de Deus, esta, nunca passará. Hb 4:12 (Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.) Você acredita que a Palavra de Deus é a verdade que vai libertar a sua vida das cadeias do pecado? Jo 8.31,32 (Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará"). Você quer receber a libertação? Então creia na Palavra do Senhor. Só ela pode nos trazer a libertação. Só o evangelho de Jesus Cristo, que está escrito na Palavra de Deus, pode nos trazer a salvação! Os tessalonicenses receberam a Palavra do Senhor como verdade para eles. Genuinamente eles se converteram por causa da Palavra de Deus.

Uma verdadeira conversão....

Como conseqüência da ação do Espírito Santo e da nossa fé na Palavra do Senhor, produzimos frutos.
1) Há algumas de nossas atitudes que são transformadas. A conversão verdadeira traz uma mudança de atitude. Mudamos a nossa atitude em relação ao pecado.
2) Também como conseqüência, frutos são produzidos em nossas ações. Uma verdadeira conversão mostra uma mudança nas ações de uma pessoa. Se falava palavrões, depois de converter-se, não fala mais. Se praticava imoralidade sexual, não pratica mais. Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Deus é tão Santo que não permite que o pecado chegue perto dEle. Por isso, o pecado não deve fazer parte da vida do convertido. As suas ações devem condizer com o que ele crê. As suas ações devem refletir a imagem de Jesus Cristo. Se o Espírito Santo habita realmente dentro do nosso coração, as nossas ações devem mostrar isso. É impossível agradar a Deus com más ações. Ou estamos agradando a Deus, ou a Satanás. Será que você tem demonstrado com suas ações que você possui Jesus Cristo em seu coração? Será que ao olhar para nós, uma pessoa que não nos conhece, vê a imagem de Cristo? Ou vê atitudes e ações que nos condenam? Se Cristo estivesse no seu lugar, o que Ele faria? É uma pergunta que devemos fazer em todos os momentos de nossas vidas. Qual seria a ação de Cristo se passasse pelo que estou passando agora?
3) Outro fruto que a ação do Espírito Santo demonstrada através de uma conversão genuína é a imitação a Cristo. Podemos ver essa imitação no versículo 6 do texto de hoje. Os tessalonicenses tinham consciência de que era muito importante mostrar, através de suas ações, que eram crentes no Senhor Jesus. Paulo já havia dado alguns exemplos práticos de como eles deveriam proceder, no pouco tempo que ele permaneceu na cidade ensinando-os. Paulo, em I Co 11.1 diz: “Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. Será que você tem coragem de dizer isso? Você tem sido um imitador fiel de Jesus Cristo? Imitador a ponto de ser bom exemplo para outros irmãos?
4) No versículo 7, Paulo usa um outro termo para caracterizar os tessalonicenses. Ele diz que a igreja tornou-se modelo para todos os crentes. Tornou-se um exemplo para outras pessoas. Tal foi a forma que eles tornaram-se modelos que a fama deles se espalharam por toda a Macedônia e Acaia. Todos os crentes tinham um desejo santo (para não falar inveja) de ser como eles.
Você pode dizer que serve de exemplo para outras pessoas? A sua conduta é exemplar de modo que outros querem te imitar? Ou suas ações são detestáveis que ninguém olha para você com vontade de te imitar? Nosso padrão exemplar deve ser Jesus Cristo. Nós devemos imitar a Jesus Cristo. E, assim, outras pessoas vão ver que você está imitando a Cristo e vão querer imitar a você, imitando a Cristo. Vamos ser padrões de imitação a Cristo! Vamos ser padrões de boa conduta para outras pessoas! As pessoas devem sentir-se com vontade de imitar-nos! Por quê? Porque imitamos a Cristo!
5) Os tessalonicenses deixaram um exemplo de como eles se voltaram para Deus. Eles receberam a palavra do Senhor com grande alegria que vem do Espírito Santo. Além disso, deixaram as práticas idólatras a fim de servir somente ao Deus vivo e verdadeiro. Deixaram de adorar outros deuses e imagens de escultura. Não dá para servir a dois senhores (Mt 6.24). É impossível agradar a Deus e agradar a outros deuses. Sempre desprezará um para dar atenção ao outro. Assim, podemos dizer que nosso Deus é exclusivista e não divide a glória dEle com ninguém.
Esse é um exemplo dos frutos produzidos através da verdadeira conversão. As ações dos tessalonicenses foram transformadas. Estavam mostrando claramente a sua conversão. Eles deixaram de adorar outros deuses para adorar a Deus.
O objetivo principal de eles terem deixado a idolatria foi a adoração ao nosso Deus. Quando nos achegamos na presença de Deus, não podemos carregar os pecados conosco. Em Atos 19.19, quando Paulo estava em Atenas, os bruxos e feiticeiros traziam os seus objetos “mágicos” para serem queimados em praça pública. Primeiro, eles não podiam continuar com as coisas que faziam eles pecarem dentro de suas casas. Segundo, eles estavam fazendo isso publicamente para que todos vissem e cobrassem depois.
Nós precisamos nos livrar de tudo que nos acorrenta ao pecado para adorarmos verdadeiramente ao nosso Deus. Precisamos nos livrar da idolatria. Tudo que colocamos em primeiro lugar em nossas vidas, que não seja Deus, é idolatria. É pecado e precisamos nos retratar. Precisamos de uma mudança de atitude. Tudo que desagrada a Deus e atrapalha nosso relacionamento com Deus deve ser retirado de nossas vidas. Conheço crentes que possuem revistas e DVD’s pornográficos dentro de casa. Irmãos, não façam isso! Você está criando e alimentando um demônio dentro de sua própria casa. Livre-se de tudo que te afasta de Deus. Se for preciso, faremos uma fogueira aqui na frente da igreja, só para queimar tudo que te afasta de Deus.
Uma conversão genuína é demonstrada através de nossas ações. Precisamos deixar tudo que faz com que pequemos. Deixemos a idolatria para adorar verdadeiramente nosso Deus!
I Ts 1.05-10

“5 porque o nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavras, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção. Vocês sabem como procedemos entre vocês, em seu favor. 6 De fato, vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor, pois, apesar de muito sofrimento, receberam a palavra com alegria que vem do Espírito Santo. 7 Assim, tornaram-se modelo para todos os crentes que estão na Macedônia e na Acaia. 8 Porque, partindo de vocês, propagou-se a mensagem do Senhor na Macedônia e na Acaia. Não somente isso, mas também por toda a parte tornou-se conhecida a fé que vocês têm em Deus. O resultado é que não temos necessidade de dizer mais nada sobre isso, 9 pois eles mesmos relatam de que maneira vocês nos receberam, e como se voltaram para Deus, deixando os ídolos a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10 e esperar dos céus seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos: Jesus, que nos livra da ira que há de vir.”

Estamos entrando no quarto estudo do livro de I Tessalonicenses. Na primeira semana, vimos uma breve introdução ao livro. Fizemos uma ligação com o texto de Atos 17, onde Lucas relatou alguns fatos que aconteceram na cidade durante a estadia de Paulo e sua equipe missionária.
A carta aos tessalonicenses é iniciada com os cumprimentos de Paulo, Silas (Silvano) e Timóteo à igreja. Depois, Paulo já começa a agradecer a Deus pela vida dos tessalonicenses. Por serem um povo que demonstra:
1) O trabalho que resulta da fé. Era uma igreja que possuía obras, e não somente fé. Eles criam em Jesus Cristo mas trabalhavam em prol dos necessitados. Era uma igreja que fazia muitas obras sociais. Era uma igreja que ajudava muito os irmãos. Será que nossa fé em nosso Senhor Jesus tem revertido em ações? Será que temos uma fé dinâmica ou estática? Será que nossa fé é praticante ou apenas conversa fiada?
2) O esforço motivado pelo amor. Era uma igreja motivada pelo amor. Eles praticavam o amor a Deus, acima de todas as coisas e o amor aos irmãos. A motivação para fazer os trabalhos sociais e para o serviço na igreja não era egoísta. A motivação principal para eles era o amor a Deus. Eles faziam de tudo pois amavam os seus irmãos também. O seu serviço dentro da igreja está com motivações corretas? Qual tem sido a sua motivação de servir a Deus? Qual tem sido a sua motivação de ajudar outras pessoas? De ajudar o seu irmão?
3) E a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. Eles tinham muita fé na volta do Senhor Jesus Cristo. Por isso, não deixavam que fatores externos influenciassem suas vidas de fé. Eles continuavam perseverantes na fé. Continuavam sempre firmes, apesar das tribulações que passavam. As tribulações vinham, mas eles estavam com as suas estruturas bem firmes no Senhor. Não se abalavam facilmente. Como tem sido a sua vida de fé? A sua fé se abala por qualquer coisinha que acontece? Por algum desentendimento com um amigo, a sua fé é abalada? Se vierem novas doutrinas hereges, a sua fé fica abalada?
No versículo 4, Paulo dá uma palavra de encorajamento à igreja. Ele diz que Deus havia escolhido a igreja de Tessalônica. Mateus 22.14 diz: “Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.”. É um privilégio muito grande ser uma escolhida de Deus. Deus chama muitas pessoas, mas poucas são escolhidas. A igreja deve ter ficado muito contente em receber essa palavra. Deve ter dado um novo ânimo para a igreja. As pessoas deviam ter ficado comentando entre elas das responsabilidades e dos direitos de serem escolhidas de Deus. Paulo também diz que os irmãos de Tessalônica são amados de Deus. Isso é muito legal. É muito bom saber que uma pessoa gosta de você. Imagine saber que uma pessoa te ama! Imagine saber que você é um escolhido de Deus e ainda amado por Ele. A igreja que, apesar de passar por tribulações, por perseguições, era muito querida de Deus. Era uma igreja amada por Deus. Era uma igreja escolhida de Deus. Tanto vemos isso que Paulo dá os motivos da escolha e do amor de Deus para com a igreja de Tessalônica.
Hoje, vamos ver algumas características de uma verdadeira conversão, demonstrada através do testemunho dado pelos irmãos crentes de Tessalônica.

Uma verdadeira conversão....

Paulo diz, no versículo 5, que o evangelho chegou aos tessalonicenses “não somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção”. Isso significa que não foram apenas as palavras de Paulo que fizeram com que aquelas pessoas se convertessem. Aliás, as palavras de Paulo, sem o poder do Espírito Santo, não seriam nada. Nossas palavras, sem o poder do Espírito Santo, não são nada. São apenas palavras jogadas ao vento. As nossas palavras saem de nossa boca e logo somem no vento. Mas as essas mesmas palavras, ditas com o poder do Espírito Santo, essas serão eficazes. É porque tem o poder do Espírito Santo. Foi o Espírito Santo que fez a obra no coração dos ouvintes da cidade de Tessalônica. Foi o Espírito Santo que tocou no coração deles para que eles se convertessem. Eles se converteram e aquilo que estava sendo pregado, Jesus Cristo, tornou-se verdade para eles. Eles saíram da iniqüidade e dos maus caminhos e passaram a ter uma nova verdade, uma nova convicção para a vida deles. É obra do Espírito Santo. Mas, pelas nossas forças, não conseguiremos transformar nossas atitudes. Pergunte a um fumante quantas vezes ele já tentou parar. Pergunte a um alcoólatra quantas vezes ele já deixou a bebida. Pergunte a um viciado em drogas.
Certa vez, eu estava numa lanchonete e um homem veio me pedir dinheiro. Tinha poucas moedas no bolso. As tirei e, enquanto colocava na mão dele, perguntei o que ele ia fazer com o dinheiro. Ele confessou que era para sustentar o seu vício. Então começou a me contar que por várias vezes já tentou parar e nunca conseguiu. Disse que já ficou na porta da igreja, mas nunca teve força de entrar. Ele estava tentando pelas suas próprias forças. Ele não pediu a ajuda do Espírito Santo. Ele queria mudar por si somente.
Um dos cinco pontos do calvinismo, um conjunto de doutrina da nossa igreja, diz que o homem é totalmente depravado. Santo Agostinho já dizia que o homem por si somente não tem forças para buscar a Deus. O homem está morto em seus delitos e pecados.
Os crentes da igreja de Tessalônica vivam como verdadeiros convertidos. Eles viviam uma conversão genuína. Uma conversão onde teve a ação do Espírito Santo. Somente esta é uma conversão genuína. Tanto que eles se tornaram conhecidos em toda a região. O motivos pelo qual se tornaram conhecidos não foi somente pela alegria em receber a Palavra do Senhor. Mas também pela fé que eles possuíam. A notícia deve ter se espalhado com muita rapidez. Os ‘jornais’ da época devem ter noticiado os milagres que estavam acontecendo naquela igreja. Tamanha era a fé dos tessalonicenses! Eles estavam vivendo o poder do Espírito Santo. Muitos milagres estavam acontecendo no meio deles. Todos ficaram sabendo logo e, quando Timóteo deu essa notícia para Paulo, ele ficou muito contente. Tanto que disse no final do versículo 8 que “não temos a necessidade de dizer mais nada sobre isso”. Os trabalhos resultantes da fé que os tessalonicenses tinham, se tornaram conhecidos em toda a região. Isso deve ser um exemplo a ser seguido pelas igrejas atuais. A nossa igreja é conhecida na comunidade como uma igreja que vive o poder do Espírito Santo? Temos experimentado o poder do Espírito Santo? Os milagres têm acontecido em nosso meio? O maior milagre impulsionado pelo Espírito Santo é a conversão de um perdido. Muitas pessoas estão tendo as suas vidas transformadas pelo poder do Espírito Santo? Estamos tendo muitos convertidos?

Uma verdadeira conversão....

O objeto de nossa crença é a Palavra de Deus. Nós cremos no evangelho de Jesus Cristo porque está escrito na Palavra de Deus. Está escrito em nossa Bíblia e por isso nós acreditamos. A nossa fé deve estar baseada na Palavra de Deus. Existem outros livros que não são a Palavra de Deus e que estão confundindo as pessoas pelo mundo. Esses livros são tidos como livros sagrados para tal religião ou seita. Os mórmons, por exemplo, utilizam a bíblia, mas a fé deles está baseada no livro de John Smith. Uma conversão verdadeira é baseada naquilo que Deus disse e não no que outras pessoas dizem. As palavras do homem, logo passam. Mas a Palavra de Deus, esta, nunca passará. Hb 4:12 (Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.) Você acredita que a Palavra de Deus é a verdade que vai libertar a sua vida das cadeias do pecado? Jo 8.31,32 (Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará"). Você quer receber a libertação? Então creia na Palavra do Senhor. Só ela pode nos trazer a libertação. Só o evangelho de Jesus Cristo, que está escrito na Palavra de Deus, pode nos trazer a salvação! Os tessalonicenses receberam a Palavra do Senhor como verdade para eles. Genuinamente eles se converteram por causa da Palavra de Deus.

Uma verdadeira conversão....

Como conseqüência da ação do Espírito Santo e da nossa fé na Palavra do Senhor, produzimos frutos.
1) Há algumas de nossas atitudes que são transformadas. A conversão verdadeira traz uma mudança de atitude. Mudamos a nossa atitude em relação ao pecado.
2) Também como conseqüência, frutos são produzidos em nossas ações. Uma verdadeira conversão mostra uma mudança nas ações de uma pessoa. Se falava palavrões, depois de converter-se, não fala mais. Se praticava imoralidade sexual, não pratica mais. Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Deus é tão Santo que não permite que o pecado chegue perto dEle. Por isso, o pecado não deve fazer parte da vida do convertido. As suas ações devem condizer com o que ele crê. As suas ações devem refletir a imagem de Jesus Cristo. Se o Espírito Santo habita realmente dentro do nosso coração, as nossas ações devem mostrar isso. É impossível agradar a Deus com más ações. Ou estamos agradando a Deus, ou a Satanás. Será que você tem demonstrado com suas ações que você possui Jesus Cristo em seu coração? Será que ao olhar para nós, uma pessoa que não nos conhece, vê a imagem de Cristo? Ou vê atitudes e ações que nos condenam? Se Cristo estivesse no seu lugar, o que Ele faria? É uma pergunta que devemos fazer em todos os momentos de nossas vidas. Qual seria a ação de Cristo se passasse pelo que estou passando agora?
3) Outro fruto que a ação do Espírito Santo demonstrada através de uma conversão genuína é a imitação a Cristo. Podemos ver essa imitação no versículo 6 do texto de hoje. Os tessalonicenses tinham consciência de que era muito importante mostrar, através de suas ações, que eram crentes no Senhor Jesus. Paulo já havia dado alguns exemplos práticos de como eles deveriam proceder, no pouco tempo que ele permaneceu na cidade ensinando-os. Paulo, em I Co 11.1 diz: “Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. Será que você tem coragem de dizer isso? Você tem sido um imitador fiel de Jesus Cristo? Imitador a ponto de ser bom exemplo para outros irmãos?
4) No versículo 7, Paulo usa um outro termo para caracterizar os tessalonicenses. Ele diz que a igreja tornou-se modelo para todos os crentes. Tornou-se um exemplo para outras pessoas. Tal foi a forma que eles tornaram-se modelos que a fama deles se espalharam por toda a Macedônia e Acaia. Todos os crentes tinham um desejo santo (para não falar inveja) de ser como eles.
Você pode dizer que serve de exemplo para outras pessoas? A sua conduta é exemplar de modo que outros querem te imitar? Ou suas ações são detestáveis que ninguém olha para você com vontade de te imitar? Nosso padrão exemplar deve ser Jesus Cristo. Nós devemos imitar a Jesus Cristo. E, assim, outras pessoas vão ver que você está imitando a Cristo e vão querer imitar a você, imitando a Cristo. Vamos ser padrões de imitação a Cristo! Vamos ser padrões de boa conduta para outras pessoas! As pessoas devem sentir-se com vontade de imitar-nos! Por quê? Porque imitamos a Cristo!
5) Os tessalonicenses deixaram um exemplo de como eles se voltaram para Deus. Eles receberam a palavra do Senhor com grande alegria que vem do Espírito Santo. Além disso, deixaram as práticas idólatras a fim de servir somente ao Deus vivo e verdadeiro. Deixaram de adorar outros deuses e imagens de escultura. Não dá para servir a dois senhores (Mt 6.24). É impossível agradar a Deus e agradar a outros deuses. Sempre desprezará um para dar atenção ao outro. Assim, podemos dizer que nosso Deus é exclusivista e não divide a glória dEle com ninguém.
Esse é um exemplo dos frutos produzidos através da verdadeira conversão. As ações dos tessalonicenses foram transformadas. Estavam mostrando claramente a sua conversão. Eles deixaram de adorar outros deuses para adorar a Deus.
O objetivo principal de eles terem deixado a idolatria foi a adoração ao nosso Deus. Quando nos achegamos na presença de Deus, não podemos carregar os pecados conosco. Em Atos 19.19, quando Paulo estava em Atenas, os bruxos e feiticeiros traziam os seus objetos “mágicos” para serem queimados em praça pública. Primeiro, eles não podiam continuar com as coisas que faziam eles pecarem dentro de suas casas. Segundo, eles estavam fazendo isso publicamente para que todos vissem e cobrassem depois.
Nós precisamos nos livrar de tudo que nos acorrenta ao pecado para adorarmos verdadeiramente ao nosso Deus. Precisamos nos livrar da idolatria. Tudo que colocamos em primeiro lugar em nossas vidas, que não seja Deus, é idolatria. É pecado e precisamos nos retratar. Precisamos de uma mudança de atitude. Tudo que desagrada a Deus e atrapalha nosso relacionamento com Deus deve ser retirado de nossas vidas. Conheço crentes que possuem revistas e DVD’s pornográficos dentro de casa. Irmãos, não façam isso! Você está criando e alimentando um demônio dentro de sua própria casa. Livre-se de tudo que te afasta de Deus. Se for preciso, faremos uma fogueira aqui na frente da igreja, só para queimar tudo que te afasta de Deus.
Uma conversão genuína é demonstrada através de nossas ações. Precisamos deixar tudo que faz com que pequemos. Deixemos a idolatria para adorar verdadeiramente nosso Deus!

3 “M’s” – TRÊS FORMAS DE ENVOLVIMENTO COM A OBRA MISSIONÁRIA

Missionary – missionário (indo)

1. Disposição
Jonas 1:2 – “Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.”
Para que o Espírito Santo possa trabalhar, é necessário que a pessoa se disponha. Grande parte das pessoas desconhecem o que podem fazer por um campo missionário, porém o desconhecem pela falta de disposição. Se realmente se dispuser de todo o coração, Deus vai usá-lo tremendamente.
Quando o Steve me falou sobre Manaus, logo pensei no que eu poderia ajudar as pessoas. Deus me falou apenas para eu me dispor e o restante Ele faria. Quando pensei na área de informática, na qual eu sou formado, nunca pensei que poderia servir para alguma coisa no campo. Mas quando cheguei em Manaus, a visão mudou. Logo vi que a informática poderia auxiliar muitas pessoas a buscarem um emprego melhor e eu poderia ajudar muitas daquelas pessoas a crescerem profissionalmente.
A disposição tem que ser de coração e deve vir junto com o desejo de servir. No campo, de uma coisa você pode ter certeza, tem muito trabalho e você terá que fazer praticamente de tudo. Você tem que estar disposto a cavar fossas ou trabalhar na construção, fazer visitas, orar pelas pessoas, aconselhar, sair junto com elas, jogar bola juntos, chorar juntos, consertar o telhado, fazer a pintura do templo. Muitas vezes, você terá que fazer serviços que você não entende a razão, simplismente faça. Uma coisa que tenho aprendido até nos dias de hoje é obedecer e depois questionar. Quando eu tinha apenas 15 dias em Manaus, o Pr. Seung me pediu para tirar água das poças dentro do terreno do seminário. O terreno tem mais ou menos 1.500 metros quadrados e tivemos que, sem entender muito o que estávamos fazendo, fazer valas para o escoamento da água para que depois disso, a máquina pudesse entrar e terminar com os serviços de terraplanagem. Porém, tem algumas poças que não era possível fazer essas valas, então com um caneco, tirávamos a água da poça e colocávamos em latas e levávamos para fora do terreno. Fazer isso num Sol de 40 graus não era nada fácil. No momento, não entendi, apenas obedeci.
Tem que haver muita disposição para tudo. Quando lidamos com pessoas difíceis, elas vêm para a igreja e depois somem por um bom tempo. Após o momento de tribulação, voltam para igreja como se nada tivesse acontecido. Lidar com essas pessoas, exige muita paciência e disposição para começar novamente um novo trabalho na vida de tal pessoa.

2. Preparação
Efésios 6:15 – “Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; ...”
É necessário ter ao menos uma base bíblica sólida para que você possa levar o evangelho a tal cultura. Caso contrário, a cultura influenciará os seus conhecimentos e o trabalho não será mais de evangelismo. É preciso ter um preparo emocional para que o choque cultural não seja tão significativo. Além do choque cultural, o missionário vai enfrentar crises de saudades dos seus amigos e familiares e somente uma pessoa bem estruturada conseguirá neutralizar esses sentimentos.
Essas crises sentimentais eu enfrentei somente quando completaram seis meses da minha estadia em Manaus. Lembrava a todo momento do que o Pr. Massao me falava durante a minha preparação, que iria chegar o momento do desespero. Graças a Deus, quando o momento chegou, logo procurei compartilhar com o Pr. Seung. Oramos juntos e todo aquele sentimento passou. Esta é a importância de se ter um amigo para poder orar nas dificuldades dentro do campo missionário. Imagino que se não houvesse ninguém naquele momento, com certeza iria acumular mais ainda e quando explodisse, já não teria mais jeito. É importante desenvolver amizade com alguém para desabafar. Mesmo com a tecnologia de hoje em dia, onde você escreve um e-mail e em instantes recebe a resposta, ou mesmo existem ferramentas de conversa instantânea com outra pessoa, não é a mesma coisa que desabafar pessoalmente e orar junto.
É importante ter um preparo emocional em relação à carência, isso para os missionários solteiros ou que vão para o campo sem seu cônjuge. Quando estamos trabalhando, você acaba sendo muito visado e outras pessoas começam a te idolatrar. Isso acontece normalmente. Quem nunca se apaixonou pela seu(ua) professor(a) na escola? Da mesma forma, pessoas vão olhar para você com outros olhos. Quando há um compartilhamento de vida, a pessoa acaba se envolvendo com você e começa a ver em você um super-herói. Para se convservar, a melhor coisa a se fazer é não dar brechas desde o começo. Quando há um pequeno espaço que seja, Satanás se aproveita da situação.

3. Chamado (dons)
Romanos 1:1 – “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, ...”
É uma questão importantíssima para que o missionário trabalhe contente. Dificilmente um missionário que trabalha contra o seu chamado, será bem sucedido naquilo que estiver fazendo. Mas, se corresponder ao seu chamado, acontecerão as confirmações em sua vida e, ao invés de se tornar um trabalho laborioso, será um trabalho gostoso. O chamado tem um pouco a ver com os seus dons que devem ser utilizados para servir ao seu chamado. O dom de ensino, deve ser utilizado para o ensino no campo missionário. O dom de trabalhos manuais, deve ser utilizado para os trabalhos manuais dentro do campo para auxiliar a comunidade. Não esconda os seus dons. Quando se descobrir os seus dons, provavelmente descubrirá o seu chamado. No entanto, tenho observado no dia a dia de trabalho na obra missionária, que só descobrimos o nosso real chamado quando nos engajamos em algum tipo de trabalho. É quando experimentamos o trabalho que sabemos se somos chamados para tal serviço. Deus dá confirmações, quando damos o primeiro passo.

4. Cumprir a Grande Comissão (Compromisso)
Mateus 28:19-20 – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estarei convosco todos os dias até à consumação do século.”
Muitas vezes vai bater o desânimo e a vontade de largar tudo e voltar para a sua terra. Voltar de onde você veio. Pelo menos lá, você tinha o carinho da mamãezinha e tudo o que você pedia, ela te dava. Tem comidinha feita sempre na hora certa. Conforto. Mas quando o desânimo bater, e vai bater, pode ter certeza, é nessa hora que entra o compromisso com Deus.
Já me aconteceu de certa vez, por preguiça da minha parte, orei a Deus antes de ir para a igreja ensaiar as crianças para uma apresentação do dia dos pais. Orei dizendo que só estava indo na igreja porque tinha um compromisso com Ele e mais nada. Não queria ir e expressei esse minha insatisfação. Mas ao sair de casa, coloquei a moto quietinha na ladeira, mas simplesmente ela virou e caiu no chão quebrando a maçaneta do feio dianteiro. Sendo assim, fui para a igreja somente com o freio traseiro. Daí então fiquei mais indigando ainda. Era um daqueles dias que você pergunta o por quê você acordou naquele dia. Prossegui viagem tranqüilamente. Resolvi ir por um caminho um pouco mais longo, porém mais seguro para a utilização do feio traseiro. Ao fazer uma curva longa, não atentei que o sinal estava vermelho e freei assustado. A moto começou a virar, pensei naquele momento que eu já ia para a Glória de Deus, mas consegui endireitar a moto e parei a 1 metro do cruzamento dos carros. Naquele dia, consegui chegar vivo na igreja, fazer o ensaio e voltar para casa, com mais cuidado e muito mais devagar mesmo. Valeu o susto para não mais reclamar do compromisso. Antes não tivesse marcado, mas já que está marcado, vá e cumpra o seu papel.
Sempre estou falando com o Antônio, que é o líder de louvor da igreja Brilho do Leste, em Manaus, que muitas vezes o que nos segura na igreja é somente o compromisso e não mais o amor. Quando a empolgação passa, somente o compromisso faz com que você consiga prosseguir com os seus trabalhos.
Na verdade, não é bom trabalhar infeliz ou apenas pelo compromisso. Mas quando realizamos alguma tarefa com esse pensamento, logo Deus trabalha em nossa vida, mudando esse pensamento e restituindo a alegria de trabalhar para o Senhor.

5. Presença
Atos 19:8 – “Durante três meses, Paulo freqüentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus.”
O fato de Lucas ter registrado esse fato no livro de Atos, não é meramente para dizer que Paulo passou um tempo na sinagoga. Ele queria passar que a presença de Paulo lá era importante. Não somente pelo fato de ele estar pregando o evangelho naquela cidade, mas pelo fato de ser um missionário. A presença da pessoa é importante para a vida espiritual dos membros da igreja. Se o Pr. Massao se dedicasse somente ao Ministério Adoração e Adoradores e não aparecesse na igreja, muitas pessoas, além de não gostar da atitude dele, iria cobrar entrosamento com os membros da igreja. Por isso é muito importante o pastor estar presente nos principais eventos da igreja ou até mesmo no esporte. Jogar um futebol, para ele pode não parecer nada, mas para os membros da igreja é de extrema importância. Ganha a confiança das pessoas.
Quando você fica longe, aos poucos, outras pessoas vão se afastando também. Acompanhar todos de perto, vai fazer com que a comunhão seja mais intensa, valorizando mais a amizade entre líderes e liderados. A comunhão com os membros da igreja é importante para criar vínculos de amizade e compartilhamento. Sabemos que o relacionamento humano é baseado na confiança que só é adquirida com o tempo. O fato de o missionário, obreiro ou pastor estar perto das pessoas faz com que esse grau de confiança seja maior. Tendo maior confiança, há maior compartilhamento de vida.

6. Proclamação
Atos 18:19 – “Chegados a Éfeso, deixou-os ali; ele, porém, entrando na sinagoga, pregava aos judeus.”
Esse texto fala que Paulo estava pregando aos judeus. É importante também, a proclamação do evangelho. Se você chegar em qualquer lugar e ficar passivo diante de tudo que acontece, não adiantará coisa alguma você ter um chamado, estar presente no local, ser um cara bem preparado, ter compromisso, etc... é lógico que se você vai num campo missionário onde você não sabe falar a língua do povo corretamente, não vá falar besteiras. Mas de qualquer forma, assim que aprender, pregue o evangelho. Dessa forma, aqueles que entenderem a mensagem da cruz de Cristo, com certeza serão salvos.
Logo que cheguei em Manaus, uma das primeiras coisas que fiz, foi pregar na igreja. Passados 15 dias em Manaus, o Pr. Seung foi pregar na Congregação Água Viva então sobrou a Antioquia para pregar. Logo na minha primeira pregação, é claro que fiquei um pouco nervoso, porém vi a mão de Deus sobre mim. Tanto que fluiu naturalmente e não deixei que o nervosismo dominasse.
Pregue o evangelho aonde quer que você vá. Se você não proclamar a Palavra de Deus, como você quer ser usado por Deus?

Money – dinheiro (ofertando)
II Coríntios 4:18 - “... não atentando nós nas cousas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.”
Amados, podemos dizer que o investimento em missões tem um valor eterno. Quando investimos em um carro ou em nossa casa, isso é temporal. Quando investimos em missões, muitas vezes, estamos longe e não vemos o que está acontecendo no dia a dia. Em grande parte das vezes, não temos tempo de ir para um campo missionário e ver o que Deus tem feito na vida das pessoas. São essas pessoas que investem em missões. E temos que dar graças a Deus pela vida dessas pessoas. Se não fossem elas, não sei o que aconteceria com várias instituições missionárias espalhadas pelo mundo.
Já que investimento em missões tem valor eterno, a dica que posso dar agora, não como economista da bolsa de valores ou como gerente de um banco, mas como evangelista de Deus, que você invista em missões. Enquanto a porcentagem de juros de um investimento é de 10% aproximadamente, com missões a porcentagem é eterna. Praticamente você fica milionário investindo em missões.

Mantainer – mantenedores (orando)
Colossenses 4:3 – “... ao mesmo tempo, orem por nós, ...”
Irmãos, o mais importante nas missões, não é o seu dinheiro ou mesmo a presença de um missionário da igreja no campo. O mais importante, que Deus quer ver, são as pessoas orando pelos missionários. Intercedendo por vidas. Intercedendo para que a obra dEle seja feita. Para que a obra dEle seja cconcretizada, Ele não precisa de dinheiro. Num estalar de dedos, Ele pode converter toda a população terráquia. Ele pode converter toda a China com apenas uma ordem. Mas Ele quer que nós estejamos orando.
Para a vida de um missionário, a oração é de extrema importância. É necessário que se levante algumas pessoas que estejam dispostas a estar orando e intercedendo pelo seu ministério. Esse é o papel da maior parte de igreja que é impossibilitade de ir até o campo missionário. Só saber que temos pessoas orando por nós, já dá uma sensação de proteção.
No mês de novembro de 2005, fizemos uma campanha de oração onde orávamos todos os dias à noite pelos pedidos expostos e por pedidos da igreja. Um dos principais motivos que orávamos era a situação financeira da igreja, que estava passando por grandes dificuldades. O caixa estava em R$ 700,00 negativos. Oramos toda a semana, e no final da semana recolhemos uma oferta de ação de graças pelo que Deus tinha feito naquela semana. Glórias a Deus! Conseguimos arrecadar R$ 1.000,00! Dentro do contexto que trabalhamos é muita coisa mesmo. Podemos chegar a conclusão de que a oração é mais importante do que o dinheiro, até porque é da oração que vem o dinheiro para fazer a obra de Deus. Deus é nosso Pai e dono de todo ouro e prata. Se for preciso dinheiro para que a obra dEle aconteça, vai ter. Deus não fica limitado ao dinheiro, por isso podemos ficar tranqüilos, que Ele vai nos prover.

Dica de Leitura:

Pirolo, Neal. A Missão de Enviar, Como sustentar o seu missionário. Descoberta Editora Ltda. Ano 2001

www.descoberta.com.br

original: Serving as senders